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Denise Britto - Publicado em 24-05-2021 11:00
Pesquisa investiga como é feito o diagnóstico médico de crianças com TEA
Diagnóstico médico em crianças com TEA é foco de pesquisa (Foto: Pixabay)
Diagnóstico médico em crianças com TEA é foco de pesquisa (Foto: Pixabay)
Os diagnósticos e laudos de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) são feitos, prioritariamente, por médicos. A fim de compreender como acontece o procedimento diagnóstico dessas crianças, um estudo na área de Educação Especial da UFSCar está convidando médicos para responderem um questionário online. O estudo busca também verificar se, com as mudanças nos manuais e os avanços na área do autismo, esses processos diagnósticos foram aprimorados.

"O TEA está relacionado ao desenvolvimento neurológico", explica Bruna Bianchi, aluna de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar e responsável pelo estudo. "A caracterização desse transtorno é feita pelos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, que compreendem dificuldade em se comunicar, dificuldade de interação social e por interesses ou movimentos repetidos realizados pela pessoa", completa.

Em seu trabalho com crianças com autismo no Laboratório de Interação Social (LIS) da UFSCar, a mestranda tem constatado o aumento do número de crianças com TEA, fenômeno que também vem ocorrendo em muitos países. Esse aumento se deve, de acordo com Bianchi, a fatores como maior número de médicos especializados, maior divulgação do transtorno para a sociedade, além da realização de mais pesquisas investigando as causas e características do autismo e das mudanças de definição no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.

Convite a voluntários
Para investigar como os diagnósticos de crianças com TEA são feitos, a mestranda está convidando médicos com especialização em pediatria, neurologia e/ou neuropediatria, que atuam no interior do estado de São Paulo, para responderem um questionário online. Composto em sua maioria por perguntas de múltipla escolha, o questionário leva cerca de 30 minutos para ser respondido. 

Os interessados em participar devem entrar em contato com a pesquisadora Bruna Bianchi pelo e-mail bruna_1996.b@hotmail.com ou pelo celular (16) 99254-8384 (com WhatsApp), a partir do qual serão enviados os links de acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e para o questionário. Mais informações podem ser solicitadas diretamente com a pesquisadora. 

O trabalho, intitulado "Diagnóstico de TEA: descrição da prática de médicos do interior paulista", tem orientação da professora Maria Stella Alcantara Gil e coorientação da professora Ana Lúcia Rossito Aiello, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar. O projeto conta com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40040920.9.0000.5504).