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Adriana Arruda - Publicado em 17-07-2024 15:58
Editora e docentes da UFSCar são semifinalistas do Jabuti Acadêmico
Prêmio reconhece a produção científica, técnica e profissional no Brasil (Imagem: Reprodução Jabuti)
Prêmio reconhece a produção científica, técnica e profissional no Brasil (Imagem: Reprodução Jabuti)

A primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico divulgou os 10 livros semifinalistas em cada uma das suas 29 categorias, distribuídas em dois eixos (Ciência e Cultura e Prêmios Especiais), e a UFSCar está presente em duas delas.

Entre as 10 publicações semifinalistas na categoria Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, duas estão relacionadas com a UFSCar. Uma delas é a "Do futebol moderno aos futebóis transmodernos: a utopia da diversidade revolucionária", publicada pela EdUFSCar, organizada por Osmar Moreira de Souza Júnior, docente no Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas dos Aspectos Pedagógicos e Sociais do Futebol (ProFut), Ricardo Souza de Carvalho e Denis Prado, pesquisadores do ProFut.

"Ao longo dos capítulos, pesquisadores e pesquisadoras compartilham relatos de experiências e críticas ao futebol moderno - capitalista, machista e racista - e exploram os futebóis transmodernos. Estes incluem todas as formas de futebol que sobrevivem à margem da modernidade, como os futebóis das mulheres, indígenas, pessoas com deficiências e da população LGBTQIAPN+. Ainda consumimos o futebol moderno, mas também reconhecemos, valorizamos e abrimos espaço para essas alternativas", expõe Souza Júnior. Detalhes sobre o livro estão disponíveis em episódio do videocast "Conexão Federal" no YouTube.

Para o Diretor da EdUFSCar, Wilson Alves-Bezerra, "esta é uma obra fundamental para o Brasil menos violento que estamos construindo: um país em que o futebol de alta performance, excludente e violento dê lugar aos futebóis, onde caiba a diversidade de nossa sociedade".

O reconhecimento pelo Prêmio Jabuti Acadêmico tem, portanto, uma significação singular. "Todo livro que recebe uma distinção como essa é um orgulho para nós da EdUFSCar, em particular, e para a comunidade da UFSCar como um todo. No caso desse livro, em especial, essa alegria é ainda maior. O professor Osmar nos procurou ainda durante a pandemia da Covid-19 com a ideia de publicação num momento histórico difícil para todos e sob um governo avesso à temática de gênero. Produzir um livro que celebra a vida e a diversidade nos esportes foi de fato um alento: discutir a forma da publicação, o título, a capa, cada detalhe para que ele pudesse chegar a um público mais amplo, para além do acadêmico", destaca o Diretor da Editora.

A segunda obra semifinalista nesta categoria, intitulada "Educação física e esportes adaptados: programas de ensino e subsídios para a inclusão", tem organização de Mey de Abreu Van Munster, também docente no DEFMH, e publicada pela Editora Manole. É voltada a estudantes e profissionais da Educação Física e de áreas interdisciplinares. Seu conteúdo aborda a inclusão de estudantes com deficiências no contexto da Educação Física Escolar e a programação de ensino em diferentes temáticas relativas a Atividades Físicas, Expressivas e Esportes Adaptados. 

"Muitas das propostas reunidas nessa publicação são fruto de experiências inéditas e ainda pouco difundidas, sobretudo no campo da Educação Física e dos Esportes Adaptados. Espera-se que essa obra possa fornecer subsídios para que estudantes e profissionais tornem suas práticas mais acessíveis a pessoas com deficiências e com transtornos globais de desenvolvimento em programas educacionais e esportivos, nos mais variados contextos", afirma Van Munster. Mais informações constam no Portal da UFSCar.

Já na categoria Ciências Agrárias e Ciências Ambientais, um dos semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico é o livro "Centro de Ciências Agrárias da UFSCar: trinta anos de ensino, pesquisa e extensão", organizado por Ricardo Toshio Fujihara, docente no Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar), e Adriana Cavalieri Sais, docente no Departamento de Desenvolvimento Rural (DDR-Ar), ambos do Campus Araras, e publicado pela Editora Cubo. No momento de organização da obra, Fujiraha e Sais eram, respectivamente, Diretor e Vice-Diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA), à frente do qual o primeiro segue como Diretor.

"O Campus Araras e o CCA foram criados em 1991. Com o intuito de preservar seu passado, presente e futuro, convidamos, em 2021, em plena pandemia de Covid-19, a comunidade - professores, técnicos, estudantes e ex-estudantes - para contarem histórias e vivências envolvendo as atividades de ensino, pesquisa e extensão durante os seus 30 anos de existência", registra Fujihara.

Para os envolvidos com a produção do livro, ser semifinalista nesta primeira edição do Prêmio foi uma grata surpresa. "Isso demonstra o quanto os pesquisadores e pesquisadoras do Campus Araras e do CCA se dedicaram para a elaboração de uma obra de qualidade, mas ao mesmo tempo feita com carinho e com um toque pessoal de quem vive a Universidade e ama o que faz", finaliza o Diretor do CCA. 

A obra tem acesso gratuito e está disponível neste link.

Sobre a premiação
O Prêmio Jabuti Acadêmico foi criado em 2024 e visa reconhecer a produção científica, técnica e profissional no Brasil, divulgando autores e editores que contribuem para a cultura e o conhecimento no País. No total, foram 1.953 obras inscritas nesta primeira edição. 

A lista com os finalistas do Prêmio será revelada nesta quinta-feira, dia 18 de julho, às 12 horas, no site. Os vencedores serão anunciados em cerimônia no dia 6 de agosto, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, onde receberão uma estatueta e um prêmio de R$ 5 mil.

A lista completa dos semifinalistas pode ser conferida no site da iniciativa.